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A Poesia na Psicoterapia

  • Foto do escritor: Maria Vanesse Andrade
    Maria Vanesse Andrade
  • 17 de fev. de 2018
  • 2 min de leitura

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Um recurso bastante interessante para o trabalho de Psicoterapia é o uso da Literatura e mais especificamente, o uso da Poesia. Na Terapia Análitico-comportamental, o uso de metáforas e outras formas verbais que facilitem o contato do cliente com temas conflitantes, sentimentos e emoções, de forma não aversiva é bem-vindo. E a poesia é uma imensa e rica forma de narrar ao indivíduo que lê elementos de seu cotidiano, de sua história de vida e por vezes pode auxiliar em forma de observação sobre o próprio comportamento ou na forma como lida com problemas.

O uso da poesia na Psicoterapia não consiste em uma técnica, tampouco em uma forma de psicologização do texto lido. Tal empreendimento requer sensibilidade e foco, requer que o psicoterapeuta questionar-se: para quê utilizarei isso e como isso auxiliará no processo de terapia do meu cliente?

Mesmo porque nem sempre a poesia será endereçada ao cliente, esta pode ser simplesmente um recurso de leitura para o terapeuta em seu tempo livre, em seus momentos de reflexão.

Gosto do poema "Os Três mal-amados"o acho belíssimo e ajuda-me a refletir sobre alguns elementos dos quadros de compulsão e ansiedade que tenho visto na clínica. O texto, que é de autoria de João Cabral de Melo Neto - autor que dispensa apresentações quando se propõe à narrativa da complexidade humana - expressa o quanto às vezes aspectos do nosso cotidiano - ruminações, preocupações etc. tomam conta de nossa vida e nos impedem de acessar reforçadores positivos ou mesmo diminui o valor efetivo destes em nossa vidas. Fala do nível de sofrimento que pode se abater sobre a pessoa, quando não sobra espaço para mais nada, pois angústia toma conta de tudo.

O foco aqui seria mesmo a reflexão, a empatia na relação terapêutica quanto estamos diante de um quadro assemelhado ao do Eu lírico do texto;

A sensibilidade aqui é estar nesse lugar de escuta não punitiva, de clínico e de observador (observar-a-dor que o cliente nos narra) e analisar clinicamente o papel e a função dessa narrativa.

Quem preferir em áudio:

Quem preferir a leitura:

 
 
 

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Psicóloga Oline | Psicoterapia Comportamental | Psicóloga em São Paulo

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